O Google criou técnicas de inteligência artificial para exibir o filme Mágico de Oz em alta definição no Sphere, em Las Vegas. O projeto é uma parceria da empresa com o CEO do Sphere Entertainment, James Dolan.
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A princípio, o projeto de exibir um filme lançado em 1939 em uma tela de LED com resolução de 16K, que mede cerca de 15 mil m², parecia loucura. “Quando levamos o projeto para o Google e falamos com cientistas, acho que eles nos acharam meio malucos”, disse Dolan ao jornal Wall Street Journal.
O Sphere de Las Vegas foi inaugurado em 2023, e além do espaço interno para 17.600 pessoas sentadas e 20 mil em pé, possui uma tela externa de LED de aproximadamente 54 mil m². Bandas como U2 e Eagles já performaram no local, que proporciona experiências visuais diferenciadas para o público.
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Desde sua inauguração, nunca foi exibido um filme no espaço. Mas Dolan decidiu tocar o projeto após um acordo de propriedade intelectual com a Warner Bros., detentora dos direitos autorais do filme, e firmar parcerias com empresas de inteligência artificial, como o Google.
O diretor de pesquisas de IA no Google DeepMind, Steven Hickson, descreveu o projeto como “muito grande e muito difícil”, e citou exemplos de cenas como uma em que o bico de um corvo tinha apenas 10 pixels.
Google precisou criar novos métodos de IA
Para transformar a ideia de James Dolan em realidade, o Google Cloud junto do Google DeepMind teve de criar novos métodos de inteligência artificial para melhorar a resolução de cenas e estender cenários para incluir personagens que não estão não estão nas imagens originais.
A empresa da Califórnia nomeou essas novas técnicas de “geração de desempenho” e “pintura externa”.
As técnicas se tornaram necessárias pois, devido ao tamanho exacerbado das telas, se em uma cena a personagem Dorothy está falando com outro personagem que o público sabe que está no ambiente, mas não aparece na tela, é preciso usar IA para que ambos estejam na tela ao mesmo tempo.
O Google utilizou alguns de seus modelos de IA generativa já existentes do Gemini, como o Veo 2 e o Imagen 3. A big tech também precisou se consultar com cinegrafistas profissionais, como a produtora já indicada para o Oscar, Jane Rosenthal, para tomar decisões sobre ações e expressões dos personagens otimizados com IA.
Outra técnica nova empregada pelo Google no projeto foi utilizar métodos alimentados por IA para aumentar a resolução das imagens, criando novos pixels para aumentar o tamanho dos cenários.
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